Giorgione é um pintor essencialmente metafísico. Em suas telas, ele "insere conjuntos de coisas que, entre elas, geram um som capaz de nos projetar em uma outra dimensão" (Philippe Daverio).
A sua obra mais intrigante nada mais é do que a confirmação de sua paixão pela magia da natureza.
A sua obra mais intrigante nada mais é do que a confirmação de sua paixão pela magia da natureza.
Realizada entre 1505 e 1510, A Tempestade é uma das obras mais enigmáticas da pintura ocidental. O seu significado, de fato, ainda não foi totalmente decifrado.
A mulher que amamenta tem sido muitas vezes interpretada como uma alegoria da natureza e de sua função geradora. Outros estudiosos remetem o tema à síntese dos elementos naturais (a terra, o ar, o fogo e a água).
Para mim, a interpretação mais interessante proposta até hoje enxerga neste quadro uma alegoria da complexa relação do ser humano com a natureza e com o Divino. Dessa forma, o raio que atravessa as nuvens lembraria a ira de Deus que desceu sobre Adão e Eva após o pecado original. A misteriosa cidade ao fundo e a ponte de madeira suspensa sobre as águas seriam símbolos da Jerusalém Celeste, o Paraíso cristão, e do longo caminho que deve ser percorrido para se chegar até lá.
Giorgione demonstrou aqui toda a sua maestria ao definir a paisagem e a perspectiva através do uso dos diferentes tons de cor. O resultado é uma grande harmonia cromática, na qual se integram perfeitamente as figuras e os objetos que ele quis representar.
Conheça esta obra-prima!
La tempesta
Gallerie dell'Accademia
Veneza
Gostou?
Ainda de Giorgione, em ITALIANARTE:
A mulher que amamenta tem sido muitas vezes interpretada como uma alegoria da natureza e de sua função geradora. Outros estudiosos remetem o tema à síntese dos elementos naturais (a terra, o ar, o fogo e a água).
Para mim, a interpretação mais interessante proposta até hoje enxerga neste quadro uma alegoria da complexa relação do ser humano com a natureza e com o Divino. Dessa forma, o raio que atravessa as nuvens lembraria a ira de Deus que desceu sobre Adão e Eva após o pecado original. A misteriosa cidade ao fundo e a ponte de madeira suspensa sobre as águas seriam símbolos da Jerusalém Celeste, o Paraíso cristão, e do longo caminho que deve ser percorrido para se chegar até lá.
Giorgione demonstrou aqui toda a sua maestria ao definir a paisagem e a perspectiva através do uso dos diferentes tons de cor. O resultado é uma grande harmonia cromática, na qual se integram perfeitamente as figuras e os objetos que ele quis representar.
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La tempesta
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Ainda de Giorgione, em ITALIANARTE:
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