Tyche era uma deusa grega que distribuía tristeza ou alegria de acordo com o que era justo. Um certo dia, porém, escandalizada com a injustiça dos mortais, deixou tudo de lado e retirou-se para o monte Olimpo.
Essa é a origem de um mito que, como tantos outros provenientes da Grécia Antiga, acabou sendo absorvido e incrementado pelos romanos. Tyche transformou-se, assim, em Fortuna: a deusa do acaso e do destino.
Os artistas do Renascimento representaram Fortuna nas mais variadas formas, realçando os diferentes comportamentos da deusa. Donnino Ambrosi, escultor de Urbino, pensou em uma jovem nua, em pé sobre uma esfera; nas mãos um véu, como uma vela a conduzi-la ao sabor do vento. A estátua de bronze, pronta em 1593, havia sido encomendada para a decoração da principal fonte da cidade de Fano.
Devido à nudez da deusa, porém, a estátua ficou retida e foi substituída por um grande vaso. Em 1611, após calorosos debates, a fonte finalmente pôde receber a sua obra de arte.
Trata-se de uma das fontes mais bonitas que conheci na Itália.
Essa é a origem de um mito que, como tantos outros provenientes da Grécia Antiga, acabou sendo absorvido e incrementado pelos romanos. Tyche transformou-se, assim, em Fortuna: a deusa do acaso e do destino.
Os artistas do Renascimento representaram Fortuna nas mais variadas formas, realçando os diferentes comportamentos da deusa. Donnino Ambrosi, escultor de Urbino, pensou em uma jovem nua, em pé sobre uma esfera; nas mãos um véu, como uma vela a conduzi-la ao sabor do vento. A estátua de bronze, pronta em 1593, havia sido encomendada para a decoração da principal fonte da cidade de Fano.
Devido à nudez da deusa, porém, a estátua ficou retida e foi substituída por um grande vaso. Em 1611, após calorosos debates, a fonte finalmente pôde receber a sua obra de arte.
Trata-se de uma das fontes mais bonitas que conheci na Itália.
O psicanalista Massimo Recalcati (Ritratti del desiderio, 2012) evoca a deusa ao colocá-la por trás dos encontros inesperados, dos acontecimentos imprevistos que nos levam a sair do roteiro narrativo ao qual diariamente tendemos a aderir.
Na Fortuna de Fano repare que o vento não carrega o véu e os cabelos no mesmo sentido... Mas saiba que buscar uma explicação para isso seria, mais ou menos, como tentar entender o que é o destino.
Na Fortuna de Fano repare que o vento não carrega o véu e os cabelos no mesmo sentido... Mas saiba que buscar uma explicação para isso seria, mais ou menos, como tentar entender o que é o destino.
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