O Castello Sforzesco é um dos pontos turísticos mais visitados de Milão. Pois foi por este mesmo castelo que, durante quase 20 anos, circulou um dos maiores artistas de todos os tempos: Leonardo da Vinci.
Ao deixar Florença, Leonardo buscava um ambiente mais favorável para colocar em ação a sua imensa força criativa. De fato, em Milão faria muitas invenções - de equipamentos cenográficos para as festas da corte até máquinas de guerra. Além disso, a sua pintura, intimamente ligada às pulsões da alma humana, sempre esteve mais próxima à arte de Antonello da Messina do que ao simbolismo neoplatônico em voga entre os seus colegas florentinos.
Admiremos, caro leitor, como Da Vinci retratou Cecilia Gallerani, a jovem amante do dono do castelo (e, na realidade, de toda a cidade), o duque Ludovico Sforza.
Admiremos, caro leitor, como Da Vinci retratou Cecilia Gallerani, a jovem amante do dono do castelo (e, na realidade, de toda a cidade), o duque Ludovico Sforza.
Cecilia era uma mulher culta. Amava a literatura - de modo especial, a poesia - e não perdeu contato com o mundo da cultura mesmo após deixar (pelo o que se sabe, ao menos parcialmente) a vida de Ludovico. O animalzinho que segura no colo é um arminho, uma espécie de doninha que habita os bosques do Hemisfério Norte. Além de um sinal de equilíbrio e de pureza, o arminho era um dos símbolos escolhidos por Ludovico para o brasão de família.
Saiba mais!
Leonardo da Vinci estudava minunciosamente como representar a plasticidade do corpo humano. Num esboço, conservado em Windsor, desenhou um busto feminino sob 18 pontos de vista diferentes! Em breve demonstraria novamente o seu talento com o retrato da segunda amante do duque. Mas essa é uma outra história, que vale a pena ser contada futuramente.
Conheça esta obra-prima!
Dama con l'ermellino (1488-1490)
Wawel Royal Castle
Cracóvia
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